Gianna Floyd, de apenas seis anos, perdeu o pai, George Floyd, em uma ação policial na cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, em que um agente o asfixia com o joelho em seu pescoço até a morte, em 25 de maio. Protestos antirracistas ganharam o mundo após o caso de brutalidade policial. Ela e a mãe, Roxie Washington, participaram de uma coletiva de imprensa na terça-feira (2) e, logo depois, nos ombros do ex-jogador de basquete da NBA, Stephen Jackson, a menina resumiu bem as consequências do assassinato: "Papai mudou o mundo".
Polícia pede desculpas
O chefe da polícia de Minneapolis, Medaria Arradondo, afirmou que os policiais envolvidos na abordagem que resultou na morte de George Floyd são cúmplices e pediu desculpas para a família da vítima sobre o ocorrido.
"O senhor Floyd morreu em nossas mãos. Por isso, considero os outros três policiais cúmplices. Se houvesse uma voz solitária que tivesse interferido... Era isso o que eu esperava", afirmou Arradondo à emissora CNN.
O policial pediu perdão à família da vítima pelo ocorrido. "Gostaria de dizer à família Floyd que estou absolutamente devastado e peço desculpas por sua perda. Se eu pudesse fazer qualquer coisa para o trazer de volta, eu o faria", disse ele.
Policial preso
O ex-policial de Minneapolis, Derek Chauvin, o agente que foi filmado se ajoelhando em cima do pescoço de George Floyd antes de sua morte, foi preso na sexta-feira (29). Segundo o promotor de justiça do condado de Hennepin, Mike Freeman, Chauvin está sob custódia acusado de homicídio culposo, com o agravante de perpetrar ato eminentemente perigoso para os outros e demonstrar uma mente depravada, mas sem a intenção de matar.
Em postagem nas redes sociais, o advogado da família de Floyd, Ben Crump, classificou a prisão do ex-agente como "um passo no caminho da justiça" e aproveitou para cobrar a prisão dos outros três agentes envolvidos na abordagem, Thomas Lane, Tou Thao e J. Alexander Kueng.