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Para repor vegetação devastada pelo fogo, Serra do Amolar, no Pantanal, recebe mudas de plantas frutíferas

Publicada em: 12/01/2022 20:11 - Corumbá - MS

Extremamente atingida pelas queimadas nos últimos anos, a Serra do Amolar, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, já vem recebendo mudas de plantas frutíferas. O plantio das novas árvores fazem parte de um projeto, do Instituto Homem Pantaneiro em parceria com o Nós Fazemos o Clima, que pretende repor a floresta queimada pelos incêndios em 2020, no bioma. Veja abaixo montagem com o antes, depois e atualmente da região.

Em 2020, quase 60% dos focos de incêndio no Pantanal foram provocados por ações humanas, segundo estudo apresentado pelos Ministérios Públicos de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso. De acordo com o levantamento, foram 4,5 milhões de hectares do bioma devastados pelo fogo em 2020.

A Serra do Amolar é conhecida por ser uma região extremamente isolada e o plantio das mudas frutíferas devem ajudar na recuperação da vegetação.

O biólogo e agroflorestor Murilo Arantes explica que serão duas frente de atuação. A primeira às comunidades pantaneiras da Serra do Amolar e da Barra do São Lourenço, que oferecerão alternativas de plantio orgânico nas comunidades que possam também contribuir para a restauração dos ambientes.

 

A segunda frente de atuação é o plantio de sistemas agroflorestais - também conhecido como plantios biodiversos e densos. Neste caso, o objetivo é a restauração mais rápida dos ambientes.

 

“A gente entra com mais espécies e faz o manejo, ou seja, dinamiza o trabalho de restauração. A proposta para o futuro é ter essas áreas de referência, popularizar o conhecimento entre as comunidades e preparar o IHP para, caso tenha áreas impactadas pelo fogo futuramente, possa restaurá-las a partir da aplicação dessas técnicas”, afirma Arantes.

 

O presidente do IHP, coronel Ângelo Rabelo, afirma que todo o trabalho impacta, inclusive, na preservação da fauna pantaneira. “No Moquem, uma região que foi brutalmente atingida pelo fogo, será um oásis agora, com plantas frutíferas típicas da região. Isso vai acabar fomentando o retorno da fauna, em especial as aves. Também teremos aceiros verdes, uma estratégia de proteção e prevenção ao fogo, em que contaremos com o apoio da Brigada Alto Pantanal”, explica.

 

g1 MS

12/01/2022 

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