Tocando Agora: ...

Neguinho da Beija-Flor encanta a plateia enquanto Tetê Espíndola e Orquestra brilham, no Festival América do Sul!

Publicada em: 11/11/2023 19:12 - Mato Grosso do Sul - MS

“Olha a Beija-Flor aí, gente”. Com seu famoso refrão, o compositor e cantor Neguinho da Beija-Flor subiu no palco da Integração, em Corumbá, na sexta-feira (10), segundo dia de shows do FAS 2023 (Festival América do Sul).

O artista entrou cantando o sucesso que leva o nome da sua escola e também seu apelido, a carioca Beija-Flor de Nilópolis.

Velho conhecido dos fãs corumbaenses – quinta vez que Neguinho se apresenta no Festival – o cantor já emendou a música “Sorriso Negro”. E o público acompanhou disciplinadamente a letra.

Inédita, o bom astral da “Vovó Filé” fez a melhor idade levantar das cadeiras e dançar da divertida canção, que diz que a cinquentona Filé provoca inveja nas menininhas.

Uma senhora na frente do palco delirava de tanta alegria, dançando sozinha.

Neguinho perguntou ao público se estava apaixonado e começou a cantar mais um sucesso, “ Ângela”.

A regravação de “Deixa eu te amar”, de autoria de Agepê, também fez jovens, senhoras e senhores cantar junto com Neguinho.

E o show foi tomando as pessoas de emoção com famosa canção de Benito de Paula, “Retalhos de Cetim”.

E aí chegou o momento de reviver os grandes sambas enredos todos de os tempos das escolas das décadas de 1980 e 1990.

O samba-enredo “É Hoje”, da União da Ilha, com o refrão “Diga, espelho meu
se há na avenida alguém mais feliz que eu”, abriu pout pourri carnavalesco.

“Explode Coração”, que deu o título à escola de samba Salgueiro, em 1993, fez o público delirar. O puxador de samba estava em casa.

E o público tomou um porre de felicidade com “Festa Profana, samba enredo de 1989, da União da Ilha.

E se “sonhar não custa nada”, Neguinho trouxe a música da Mocidade Independente de Padre Miguel.

O compositor não esquece os amigos e chamou ao palco Braguinha, que saiu do Rio de Janeiro há 8 anos para vim morar em Corumbá. Juntos cantaram “Não Deixe O Samba Morrer”, da cantora Alcione.

Um dos momentos mais marcantes foi a entrada das passistas Carol Castelo, Isadora, Dalia Araujo, e o mestre sala Juruna e a porta-bandeira Mari, representando a Liga das Escolas de Samba de Corumbá.

O público, que já estava bem empolgado, também teve a oportunidade de cantar o samba-enredo de 2024, da Beija-Flor: “Um Delírio de Carnaval na Maceió de Ras Gonguila”.


As músicas “Fogo e Paixão”, de Wando; Mulher Mulher”, “País Tropical”, de Jorge Ben Jor e “Whisky a Go-Go”, do Roupa Nova fizeram parte de outro maravilhoso pout pourri.

Já passava da meia-noite quando “Trem das Onze” encerrou a encantadora apresentação de Neguinho da Beija-Flor, um artista querido, prata da casa de Corumbá e do Festival América do Sul.

                                    Tetê Espíndola e Orquestra de Maestro Martinelli 

A Catedral de Nossa Senhora da Candelária teve o privilégio de receber uma das vozes mais angelicais de Mato Grosso do Sul, na manhã de sexta-feira (10). A combinação perfeita de um ambiente sagrado, com a sinfonia da Orquestra de Câmara do Pantanal, comandada pelo Maestro Eduardo Martinelli e o entoar da voz aguda de Tetê Espíndola abrilhantaram ainda mais o dia em Corumbá.

O sobrenome Espíndola é muito forte no Estado e por onde passa arrasta sua multidão. Não foi diferente no projeto Catedral Erudita, que reuniu um grande público de todas as idades, desde crianças a idosos. Os olhos brilhantes dos fãs estavam vidrados na artista, que abriu a apresentação com o sucesso ‘Cuñataiporã’, do seu irmão Geraldo Espíndola.

A artista já se apresentou em Corumbá muitas vezes, mas no Festival América do Sul é a primeira vez. Ela diz admirar a pluralidade que o evento traz. “Isso é uma responsabilidade, representar o som do local, do País, cada coisa diferente, cada um com a sua cultura. É muito importante, tomara que isso continue, cada vez melhor”.

Criador de Arte

O maestro Martinelli exaltou como é fundamental fazer arte em um festival tão grandioso como o FAS. “A arte, a criação artística, é uma coisa que a gente pode ver que, de toda a natureza, só o homem faz. Então, se a gente for pensar bem, é uma maneira do homem ser feito à imagem e semelhança do próprio Deus, que é um criador. Então, você vê o ser humano, através da sua arte, ele também se sente um criador, e a arte faz com que a gente se reconheça enquanto humanidade, enquanto espécie, enquanto povo”, enfatizou o maestro.

A apresentação de Tetê Espíndola e da Orquestra de Câmara do Pantanal encerrou com o sucesso ‘Escrito nas estrelas’. Quando a artista iniciou com os versos “Você pra mim foi o Sol / De uma noite sem fim / Que acendeu o que sou /E renasceu tudo em mim”, a plateia vibrou e cantou junto até o final, aplaudindo de pé o espetáculo.

 

 


 

Ascom FAS 2023

Compartilhe: