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Policiais penais federal fazem ato após reajuste da PF e PRF : “Patinho feio”!

Publicada em: 04/01/2024 17:55 - Brasil & Mundo

Cerca de 300 policiais penais federais fizeram um ato pacífico em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGISP) na manhã desta quinta-feira (4/12).

 O movimento, idealizado pelos servidores, ocorre após o governo federal anunciar a reestruturação de cargos e salários da Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).     Os agentes afirmam que foram preteridos.

A categoria, que também conta com técnicos e especialistas responsáveis pelo tratamento e reabilitação dos presos, reivindica tratamento isonômico como as demais polícias.

Os policiais penais federais são responsáveis pelo Sistema Penitenciário Federal, que custodia os maiores líderes de organizações criminosas do Brasil, como o líder máximo da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Fernandinho Beira-Mar, líder do Comando Vermelho (CV). Desde o início de sua operação, em 2006, o Sistema Penitenciário Federal nunca registrou fuga ou entrada de celular.

Ao longo dos próximos anos, os salários de servidores da PF e da PRF poderão subir em até R$ 10 mil. Em 2023, os delegados da classe especial da PF, por exemplo, têm pagamento mensal de R$ 30,9 mil.   Até 2026, o valor será elevado a R$ 41,3 mil.

Após acordo firmado com o governo federal, seis carreiras da PF e da PRF terão reajustes salariais divididos em três partes, com início em agosto de 2024 e com a terceira etapa prevista para maio de 2026.

Reajuste

Ao longo dos próximos anos, os salários de servidores da PF e da PRF poderão subir até R$ 10 mil. Em 2023, delegados da classe especial da Polícia Federal, por exemplo, têm pagamento mensal de R$ 30,9 mil. Até 2026, o valor aumentará para R$ 41,3 mil.

Após acordo firmado com o governo federal, seis carreiras da PF e da PRF terão reajustes salariais divididos em três partes, com início em agosto de 2024 e com a terceira etapa prevista para maio de 2026.

Delegados e peritos da Polícia Federal:

Salário em 2023: R$ 30,9 mil (especial), R$ 27,8 mil (primeira classe), R$ 24,9 mil (segunda classe), e R$ 23,6 mil (terceira classe);

Salário em 2024: R$ 34,7 mil (especial), R$ 31,2 mil (primeira classe), R$ 27,2 mil (segunda classe), e R$ 26,3 mil (terceira classe);

Salário em 2025: R$ 36,4 mil (especial), R$ 32,8 mil (primeira classe), R$ 28,6 mil (segunda classe), e R$ 26,8 mil (terceira classe);

Salário em 2026: R$ 41,3 mil (especial), R$ 35,3 mil (primeira classe), R$ 30,8 mil (segunda classe), e R$ 27,8 mil (terceira classe).

Escrivães, agentes e papiloscopistas da Polícia Federal:

Salário em 2023: R$ 18,6 mil (especial), R$ 15,2 mil (primeira classe), R$ 13 mil (segunda classe), R$ 12,5 mil (terceira classe);

Salário em 2024: R$ 20,9 mil (especial), R$ 17,1 mil (primeira classe), R$ 14,6 mil (segunda classe), R$ 13,9 mil (terceira classe);

Salário em 2025: R$ 21,9 mil (especial), R$ 17,9 mil (primeira classe), R$ 15,3 mil (segunda classe), R$ 14,1 mil (terceira classe);

Salário em 2026: R$ 25,2 mil (especial), R$ 19,6 mil (primeira classe), R$ 16,7 mil (segunda classe), R$ 14,7 mil (terceira classe).

 

Policiais rodoviários federais:

Salário em 2023: R$ 18 mil (teto) e R$ 10,7 mil (piso);

Salário em 2024: R$ 18,5 mil (teto) e R$ 11,1 mil (piso);

Salário em 2025: R$ 19,5 mil (teto) e R$ 11,6 mil (piso);

Salário em 2026: R$ 23 mil (teto) e R$ 12,2 mil (piso).

 

Negociações

As correções não foram bem recebidas por todos os servidores, que negociavam há meses com o governo. A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trouxe de volta a Mesa Nacional de Negociação Permanente, ligada ao MGISP, com participação de integrantes do Executivo e de entidades da administração pública.

Instalada em 2003, no primeiro mandato de Lula, a Mesa de Negociação Permanente ficou paralisada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), até voltar em 2023.

Apesar dos diálogos frequentes, os servidores de diversos ramos se dizem insatisfeitos, clima que se reforçou na última semana, quando o governo não incluiu os cargos administrativos nas mudanças salariais anunciadas para a PF e a PRF, bem como publicou normas mais restritivas para funcionários públicos grevistas.

Além disso, a última negociação geral do ano incluiu uma proposta tida como insuficiente pelos servidores, com elevação de salário em 9%, parcelada em duas partes, e ganhos de auxílios para alimentação, saúde e creche.

 

 

Mirelle Pinheiro/Carlos Carone

 

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