A polícia do Equador capturou diversos criminosos que invadiram um estúdio da rede de televisão TC em Guayaquil nesta terça-feira (9). Também foram recolhidas provas no local.
O secretário-geral de Comunicações da Presidência do Equador, Roberto Izurieta Canova, publicou nas redes sociais que “pelas informações que temos neste momento, a grande maioria dos funcionários já foi libertada”. “Nosso primeiro objetivo é proteger a vida do pessoal que ainda está nas instalações”, adicionou.
A invasão por homens encapuzados e armados aconteceu durante transmissão ao vivo do canal de notícias. Diversos funcionários foram rendidos e foi possível ouvir tiros e gritos ao fundo.
Uma transmissão que foi cortada mostrava funcionários reunidos no chão dos estúdios da TC em Guayaquil, enquanto pessoas armadas gesticulavam para a câmera.
Houve boatos sobre uma invasão à Universidade de Guayaquil por outro grupo de criminosos, o que foi desmentido pela instituição. Todas as atividades na universidade foram suspensas.
“Nenhum incidente ocorreu dentro das instalações da UG, apenas um grupo de estudantes que, no desespero de sair rapidamente, formou uma pequena debandada”, explicaram.
Isso ocorre em meio aos sequestros de ao menos policiais e uma série de explosões, um dia depois que o presidente Daniel Noboa declarou estado de emergência após o criminoso mais procurado do país ter desaparecido da prisão.
Presidente decreta operação contra grupos criminosos
Após o ocorrido, o presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou que 22 grupos do crime organizado sejam identificados como organizações terroristas e “atores beligerantes não estatais”.
Também foi decretado Conflito Armado Interno e que sejam feitas operações militares pelas Forças Armadas equatorianas para neutralizar os grupos armados.
Estado de emergência
O presidente Daniel Noboa declarou estado de emergência por 60 dias na segunda-feira, permitindo patrulhas militares, inclusive nas prisões, e estabelecendo um toque de recolher noturno nacional.
Noboa, filho de um dos homens mais ricos do país, assumiu o cargo em novembro do ano passado, prometendo conter uma onda de violência relacionada com o tráfico de drogas nas ruas e nas prisões que tem vindo a crescer há anos.
A medida foi uma resposta à possível fuga de Adolfo Macias, líder do grupo criminoso Los Choneros, da prisão onde cumpria uma pena de 34 anos, e a outros incidentes prisionais recentes, incluindo a tomada de guardas como reféns.
*com informações da Reuters e da CNN