A venda do produto cresceu de 30% a 40%. Além disso, o preço disparou por conta da alta procura.
Em uma semana, Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 56% nos casos de dengue. O último Boletim Epidemiológico da doença, publicada pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) , aponta que 2.058 pessoas contraíram a doença neste ano. Com essa alta, populares estão buscando se prevenir de outras formas, como por exemplo, comprando repelentes.
Uma pesquisa em algumas farmácias, que apontaram o aumento na procura de repelentes, uma medida para ampliar os cuidados contra o mosquito da Aedes aegypti. Em uma das farmácias, o atendente nos contou que na última semana a procura cresceu de forma inesperada.
Com o aumento da demanda, as vendas cresceram entre 30% e 40%, segundo funcionários das drogarias. Já os clientes, reclamam que quando encontram o produto, o preço está nas alturas. A farmácia em que Carlos Augusto trabalha é uma das que ficou sem repelente. Ele conta que, quando o produto chega na loja, acaba muito rápido
“Depois que essa epidemia começou, o produto ficou escasso. Ninguém encontra. Boa parte dos clientes está comprando mais do que uma unidade”, descreve. Segundo o vendedor, nesta semana uma moça foi à drogaria e levou oito frascos de uma só vez. “O aumento nas vendas foi de cerca de 30%”, calcula.
A aposentada Joana Almeida, 67, estava à procura dos repelentes e reclamou da dificuldade de encontrar o produto e do preço alto. “Estão cobrando um valor muito alto. A atendente me faria um desconto de 10%, mas não era o suficiente. Acredito que a busca pelo produto fez isso. Igual na época da covid-19, quando o álcool em gel ficou com um preço absurdo”, destaca.
“Na última semana vimos que saiu bastante o produto, sendo entre seis a dez unidades. Ao todo, acredito que tenha aumentado mais de 50% as vendas de repelente aqui na rede. Tem regiões que sai mais, acho que é por conta de demanda mesmo, as pessoas procuram para à prevenção dos mosquitos”, conta Odeias Alves.
“Aqui nessa unidade não tivemos aumento na procura. Aonde tem saído bastante é na internet, às vezes a pessoa faz pedido e a demanda vem para cá, mas os números que temos das compras feitas pela internet são da rede e não apenas dessa unidade, por lá está tendo uma movimentação maior”, explica.
Em outra drogaria, o gerente da unidade, explicou que naquela em específico não tinha tanta procura, por ser nova, mas na rede no geral teve um aumento. “Abrimos faz mais ou menos uns 30 dias, então aqui não tem muita procura, acredito também pela região que estamos. Pesquisando aqui na rede no geral teve um aumento de 15% a 20% no trimestre, o que é fora do esperado, esses produtos não saem com frequência”, destaca.
Da Redação!