Presidente
sancionou o projeto de lei que institui a Política Nacional de Manejo Integrado
do Fogo, na manhã desta quarta-feira (31).
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) desembarcou, na manhã desta quarta-feira (31), em Corumbá (MS) . Lula sobrevoou áreas queimadas no
Pantanal, que já teve quase um milhão de hectares destruídos pelas chamas.
Lula sobrevoa áreas atingidas pelas queimadas no Pantanal — Foto:
Ricardo Stuckert
Pelas
imagens é possível ver cargueiro KC-390, avião gigante utilizado para despejar
água na linha de fogo, em
ação. Essa é a primeira vez que o
maior avião produzido na América Latina é utilizado contra incêndios. A aeronave tem capacidade de armazenamento de 12 mil litros de
água e é usada especificamente em desastres no Brasil.
De acordo com a agenda
presidencial, Lula visita as instalações da base
local do Ibama para acompanhar os trabalhos de combate às chamas. No local, o
presidente deve sancionar o projeto de lei n° 1818/2022, que institui a
Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
O
presidente fez o sobrevoo de helicóptero acompanhado dos ministros da Casa
Civil, Rui Costa; do Transporte, Renan Filho; de Portos e Aeroportos, Silvio
Costa Filho; do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; do presidente
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), Rodrigo Agostinho e do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo
Riedel (PSDB).
O avião presidencial pousou no Aeroporto de Corumbá às 10h06 (horário de
MS).
Essa é a segunda visita a Mato Grosso do Sul desde o início do terceiro
mandato.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) fechou a visita a Corumbá com a sanção da Política Nacional de Manejo
Integrado do Fogo. Em discurso emocionado, o presidente parabenizou o trabalho
dos brigadistas que atuam no combate às chamas e a importância da nova
legislação para o combate aos incêndios no País. Antes, ele já havia sobrevoado
a região que queima nesta quarta-feira.
"Hoje é um
dia gratificante para mim. É a primeira vez que eu visto a camisa de um
brigadista. Não me queimei porque também não encostei perto do fogo. Mas eu
saio daqui com orgulho de vocês. Sinceramente, eu no avião comecei a conversar
com a Marina. Tanto ela como eu ficamos com os olhos marejados de ver o esforço
das pessoas lá embaixo. E muitas vezes, no nosso gabinete em Brasília, a gente
não tem dimensão. A gente não tem noção do que é um brigadista. E eu tive para
ver hoje, de ver o brigadista em carne e osso, um cidadão igual a mim. Uma
missão nobre é apagar muitas vezes o fogo que a natureza trouxe ou o fogo que
algum indivíduo trouxe", discursou Lula.
O presidente ressaltou a dedicação dos
brigadistas ao observar de perto o trabalho árduo realizado na região. "Eu
fiquei emocionado hoje em cima de um helicóptero, vendo o fogo pegando e os
brigadistas tentando apagar o fogo. E vendo o trabalho unitário que está sendo
feito entre todos os entes federados", afirmou, destacando a
importância da colaboração entre diferentes níveis de governo no combate aos
incêndios.
Lula também enfatizou seu vínculo
pessoal com Mato Grosso do Sul e a grandiosidade do Pantanal. "Eu tenho
uma relação de coração com esse estado. O significado do Pantanal é de uma
grandiosidade. Um país que tem um território como o Pantanal e a gente não
cuida disso, esse país não merece o Pantanal, isso é um patrimônio da
humanidade que tem aqui. Por isso estou orgulhoso dos brigadistas",
afirmou o presidente, enaltecendo a riqueza natural da região e a necessidade
de preservação.
Ao sancionar a Política Nacional de
Manejo Integrado do Fogo, Lula destacou que a nova lei representa um avanço
significativo no combate aos incêndios no Brasil. "Essa lei que assinamos
aqui vai ser um marco no combate a incêndio neste país. Estamos reconhecendo o
trabalho extraordinário que todos fazem, um projeto que foi feito por vocês
[brigadistas] em sua maioria", disse o presidente.
O projeto assinado visa prevenir e combater incêndios florestais de forma integrada, combinando conhecimentos técnicos, científicos e tradicionais. A legislação reconhece o papel ecológico do fogo e respeita as práticas tradicionais de comunidades indígenas e quilombolas, permitindo o uso controlado do fogo em atividades específicas com o objetivo de conservar ecossistemas e minimizar os impactos ambientais.
Por g1 MS / CAMPO GRANDE NEWS