No início do ano legislativo da Alems,
durante solenidade realizada nesta terça-feira (4), no Plenário Júlio Maia, o
deputado estadual Paulo Duarte (PSB) representou o Bloco 2, composto por sete
deputados. Na tribuna, o deputado falou sobre a importância do respeito às
divergências e pensamentos diversos contidos na esfera política e que podem,
por meio da participação ativa do parlamento, encontrar as melhores soluções para
os problemas sociais e econômicos do MS.
Tendo a inclusão social como carro chefe para
a prosperidade, desenvolvimento tecnológico e sustentável, o parlamentar
explicou que “não há prosperidade sem inclusão. Quando um país, um estado é
inclusivo, ele cresce mais, avança em tecnologia e as pessoas veem um sentido
claro de justiça. Por isso é importante as pessoas respeitarem as
divergências”. Na sequência, o deputado lembrou que 2025 será um ano de grandes
debates na Assembleia Legislativa e, nesse sentido, o parlamento deve ser
fortalecido.
Para Duarte, Mato Grosso do Sul foi
“atropelado” pelo Congresso Nacional nas discussões sobre a reforma tributária.
“Eu ouso dizer, por ter minha origem técnica como auditor fiscal e como
profissional formado em economia, que sou uma das poucas vozes dissonantes em
relação à reforma tributária”, argumentou, esclarecendo que a reforma foi
inspirada em um modelo europeu e no sistema econômico da Alemanha. “Ou seja,
essa reforma é absolutamente injusta, feita na Faria Lima e pensada apenas nos
estados do sul e sudeste, que são estados consumidores e não traz benefício
algum para estados como o nosso, que são produtores e têm população pequena”.
No intuito de instigar o posicionamento mais
firme do parlamento sul-mato-grossense, Paulo Duarte evocou mais duas questões
relevantes para o estado e que serão discutidas este ano. “Uma delas é o leilão
de algumas rodovias federais e estaduais. Não podemos ser atropelados como
fomos em relação à reforma tributária. Precisamos ser mais atuantes e
vigilantes. Mato Grosso do Sul tem apresentado um crescimento econômico acima
da média nacional e já estamos correndo risco de ter um apagão de
infraestrutura, porque não temos modais adequados para escoar nossa produção”,
relata Duarte.
Outro ponto sensível ao desenvolvimento
econômico do estado é em relação à concessão da hidrovia do Rio Paraguai. “Essa
é outra questão importante e polêmica para o Mato Grosso do Sul e que não pode
ser tratada pelo viés ideológico e muito menos permitir aos palpiteiros se
manifestem sem conhecer a nossa realidade”. O parlamentar defende a intervenção
em alguns pontos críticos no leito do rio, de forma a facilitar a navegação e o
escoamento da produção de minério em Corumbá. “O Rio Paraguai tem quase 2.700 quilômetros
de extensão e estamos falando aqui em intervenção em menos duzentos quilômetros
ao longo do rio. Esse é um tema fundamental porque não importa só para escoar o
minério. Se tivermos o Rio Paraguai como um modal eficiente, barato e do ponto
de vista ambiental sustentável, o desenvolvimento e o crescimento econômico do
estado vão definitivamente acontecer”, finaliza Paulo Duarte.
Assessoria do Parlamentar!