Comida de verdade com gostinho de quero mais!
Em Corumbá a maior referência em
culinária caseira é sem dúvidas a Cantina da tia Mary. Um nome muito simples
funcionando num ambiente super aconchegante e um com um cardápio diversificado
e deliciosamente caseiro.
Na verdade, o cardápio bastante
variado para almoço e se você quer uma refeição rápida ou quer algo mais
elaborado, sempre será muito bem-vindo, uma vez que a Mary e toda a sua equipe
sempre atenderá todos os gostos.
A proprietária é Marivalda de
Pinho Costa, que viu surgindo aos poucos em sua vida o gosto pela culinária.
Como ela mesmo gosta de frisar, “eu não sou daquelas apaixonadas por cozinha
desde criança, a vida foi me conduzindo a essa paixão que hoje é tudo na minha
vida".
A primeira oportunidade veio
quando começou a trabalhar como ajudante de cozinha no Restaurante La Pastina
Nossa com um acordo de experiência de três meses, sem assinar a carteira. O
convite foi de uma amiga que sempre foi cozinheira. Mary confessa que não
manjava nada de cozinha, não tinha nem ideia de como funcionava um restaurante,
mas encarou o desafio. Na oportunidade de emprego ofertada, Mary viu nascer em
poucos dias o gosto pela culinária.
Aprendendo com grandes mestres
Como ajudante de cozinha, Mary
cortava legumes, arrumava as saladas e aos poucos foi recebendo outras
atribuições que fizeram crescer o seu interesse. Quando deu por si, já estava
preparando alguns pratos. “Eu fui aquela
ajudante que procurava auxiliar e ir atendendo”, confirma Mary.
Ao fim dos três meses de
experiência, Mary foi convidada pelo proprietário para fazer um teste definindo
a sua situação no restaurante para assinar a carteira e ser contratada em
definitivo. Recebendo um grande incentivo da amiga que abriu as portas, Mary
fez o teste e foi aprovada com alto conceito do proprietário. “Durante o teste
eu me lembrava das palavras da minha amiga, ela dizia você tem competência,
você sabe, você já domina a cozinha”, valeram tantas as palavras que agora eram
colegas de trabalho no La Pastina.
Mesmo passando no teste, Mary
continuou como ajudante até que abriu um outro restaurante na cidade que
precisava de uma cozinheira competente. E lá veio o convite para Mary trabalhar
já como cozinheira ao lado de um outro amigo. Mary aproveitou a oportunidade e
mudou de endereço. Durante três meses aprendeu muito com esse amigo, “hoje ele
já não está entre nós mas eu agradeço muito tudo que ele me passou durante o
período que trabalhamos juntos”. Foi nesse emprego que Mary teve a grande
oportunidade de praticar e mostrar tudo que já sabia sobre cozinha.
Até hoje Mary afirma colocar em
prática aquilo que aprendeu com o grande amigo. Até que recebeu o grande
presente de fazer um curso de culinária com o famosíssimo Mestre João que
acrescentou sabedoria ao talento de Mary, principalmente nos pratos de peixes.
Após o curso, Mary teve a sua
carteira assinada e desta vez como cozinheira. Era mais um grande passo dado
pela futura empresária.
As portas começam a ser abertas
Aos poucos, todas as portas foram
se abrindo para Mary e o seu nome começava a ser conhecido em toda a cidade. A
ajudante de cozinha que virou cozinheira agora tinha um nome próprio.
Após algum tempo, Mary começou a
acreditar em seguir o seu próprio caminho tendo o seu restaurante. “Eu fui
construindo esse sonho a cada dia que passava. Eu gostava de trabalhar onde
estava, mas sonhava em trabalhar para o meu sustento”. Pronto, o sonho já
existia e agora era necessário achar o melhor caminho.
O maior problema encontrado por
Mary e pelo seu marido Marcos, era a falta de capital para começar o
restaurante. Tinha nome, conhecimento e muita vontade, mas faltava o dinheiro
para o investimento inicial. Como conseguir?
A família inteira abraçou a ideia
de logo ter o seu restaurante. Então era preciso que cada um fizesse a sua
parte. Começaram a participar de todos os eventos que aconteciam na cidade.
Montaram barracas de comidas no São João, no Carnaval, no Festival América do
Sul, nas Serestas, enfim, onde tinha eventos, lá estava a turma da Mary
trabalhando e ofertando a deliciosa comida que consagraria pouco tempo depois o
restaurante.
Os eventos foram se sucedendo e tempos depois já havia um valor que possibilitava o investimento em fogão tipo industrial, alguns jogos de mesa, freezer, pratos e talheres necessários para o início tão sonhado.
Começando um sonho
No ano de 2009 deram início aos
trabalhos da Cantina da Tia Mary. Mary agora não tinha mais patrão, dependia
unicamente dela e dos familiares. Ao lado do atual endereço, em uma pequena
sala, Mary começou a oferecer marmitas e colocou quatro jogos de mesa de
plástico esperando os consumidores e eles logo apareceram.
Filhos, filhas, esposo e outros
parentes estavam diretamente envolvidos na cozinha e no atendimento.
A fama da comida fornecida por
Mary e sua equipe cresceu rapidamente multiplicando as marmitas em bem pouco
tempo. Logo eram dezenas de marmitas sendo atendidas diariamente com a fama
continuando a crescer vertiginosamente,
A sorte começava a sorrir para
Mary, em frente ao estabelecimento, foi montada a sede provisória do Instituto
Federal com carga horária integral em quase todos os cursos. A maioria dos
alunos tinham que ir para casa almoçar e voltar rapidamente para o turno
vespertino. E foi aí que descobriram o tempero e o gosto caseiro da comida da
Tia Mary.
A sala ficou pequena e as mesas
logo tiveram que ser triplicadas. Eram alunos, professores e funcionários do
instituto Federal fazendo filas para serem atendidos e degustando o tempero já
famoso. A cantina fornecia lanche, prato feito, marmitex e o a la carte.
O proprietário do endereço atual
estava reformando o prédio e ofereceu para Mary, propondo uma mudança do
restaurante. Ela topou na hora, afinal já tinha fregueses que se propunham a
comer até mesmo em pé para não perder o horário e não perder as delícias que só
a Tia Mary sabia preparar.
No atual endereço o espaço foi
aumentando aos poucos, ganhando até mesmo um ambiente ao ar livre além de
possuir o aconchego apropriado da comida caseira. O espaço é limpo, bem
decorado e agradável.
Apesar de
ser conhecida como a rainha da comida caseira na cidade, Mary não descuida em
nenhum momento da qualidade no atendimento. “Todos os fregueses precisam ser
muito bem atendidos. Não adianta capricharmos no tempero se o atendimento não
for de qualidade”, ressalta Mary com absoluto conhecimento de causa.
Hoje, ainda
trabalham com Mary o seu esposo Marcos e vários familiares mas, dos quatro
filhos do casal, duas filhas já seguem os próprios caminhos com base em tudo
que aprenderam com a mãe. Uma tem restaurante em Corumbá (Delícias da Mel) de
propriedade da filha Mel e outra em Campo Grande (Cantina do Marcão),
pertencente à filha Bárbara.
A Cantina
da Tia Mari trabalha hoje com nove funcionários, funcionando de domingo a
domingo.
Paixão pelo trabalho
Mary é uma apaixonada pelo
trabalho e vive como um verdadeiro símbolo de dedicação, no máximo às seis e
vinte da manhã já é possível ver a Mary iniciando os seus trabalhos na cozinha,
todos os dias, sendo que as primeiras marmitas começam a ser entregues às nove
e meia.
Pelo trabalho, pela garra e pela
vontade de vencer, a Cantina da Tia Mary está sendo agraciada com o Grande
Prêmio Corumbá Profissional e empresarial, uma justa homenagem à querida
empresária.
CARDÁPIO
CARNES
Bife acebolado
Bife à Milanesa
Bife à Parmegiana
PORÇÕES
Batata frita
Linguiça calabresa
Mandioca frita
Isca de Pintado
Carne acebolada
CANTINA DA TIA MARY
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